sexta-feira, 24 de agosto de 2007

A política de Rodeia

João Rodeia, candidato à próxima Presidência da Ordem dos Arquitectos, criou um blogue de discussão da sua candidatura no dia 7 de Agosto de 2007 (não querendo ficar atrás do seu concorrente Manuel Vicente que também criou um blogue 2 dias antes).

Citando o seu primeiro recado:

o nosso compromisso ético

Queremos defender e aprofundar a dimensão pública e cultural da Arquitectura.
Queremos defender e aprofundar a dimensão profissional e o papel social do Arquitecto, inseparáveis do optimismo de fazer melhor e de saber fazer melhor.
Este compromisso não implica uma perspectiva meramente corporativa.
Assume-se como uma possibilidade de plena concretização da Arquitectura enquanto bem comum, ou seja, enquanto antecipação e consequência das nossas acções de realização positiva e de transformação crítica sobre os territórios em que os nossos concidadãos convivem e habitam.

Como o sistema de comentário do blogue do Rodeia é daqueles que ora-dá-cá-um-comentário-que-se-for-dos-bons-nós-até-o-metemos-no-nosso-blogue, não sei se o facto de ninguém ter comentado nada no seu blogue deve-se a ninguém estar rigorosamente interessado no que o Rodeia tem para dizer, ou apenas porque todos os comentários que lá deixaram teriam uma pertinência nefasta para os resultados da candidatura.

Eu, deixei lá um há 5 dias e não me parece que tenha sido aprovado. Comentava o "recado" acima transcrito e dizia, humildemente:

"Então e pela Ordem, o que estão a pensar fazer?"

Todos pela Arquitectura?! Ah sim, todos menos os jovens rafeiros, claro. Cá por mim, Sr. Rodeia, os jovens rafeiros não são parvos e, para além de representarem muito mais de metade dos arquitectos inscritos na Ordem à qual se candidata, não se revêm no seu programa eleitoral. Fica-se-lhe assim o recado.

É claro que, o pior de tudo, não é o facto de não ser eleito. É antes o vontade que agora 10.000 jovens rafeiros têm de lhe furar os pneus do carro.

Ah, neste blog, os comentários são à borla; com ou sem Trienal, apareça!

10 comentários:

arqportugal.blogspot.com disse...

Não gostam de ouvir as verdades.

arqportugal.blogspot.com disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
LISTA C disse...

Ora aí está o que é.

AM disse...

"... Arquitectura enquanto bem comum, ou seja, enquanto antecipação e consequência das nossas acções de realização positiva e de transformação crítica sobre os territórios..."

é de vomitar é o que é!

agora vou até lá espreitar

Anónimo disse...

Se os comentários se esgotarem na maldicência que motiva os a generalidade dos blogs. Fazem bem em não publicar.
Os quatro comentários que me antecedem são sintomáticos...
O Freud deve explicar isso.

Eu, se calhar infelizmente, ainda acredito que ser Arquitecto implica ter uma visão positiva e propositiva da transformação do mundo.

A proposito lembro de uma frase que ouvi a um professor: "um engenheiro acaba o curso e é engenheiro: ser engenheiro, ou adquirir as competencias para o ser, não implica mudar a percepção do mundo; é diverso o que se passa com quem quer ser arquitecto: este só o é quando adquire um novo olhar."

Pelos vistos não falta quem de canudo na mão seja apenas coisa nenhuma...

Jovem Rafeiro disse...

É calá-los a todos, Sr. Anónimo! Que, como se não bastasse serem insolentes de franga solta, ainda por cima têm canudo!

O conselho do Prof. Jovem Rafeiro é o seguinte: deixe lá o Voltaire e o Dr. Freud na prateleira por um minuto e desça um bocadinho aqui à selva para beber um copo connosco. É que a malta aqui, apesar de pobre e mal tratada, também se diverte! Não lhe faz uma certa espécie ver a vida por um canudo?

Anónimo disse...

A ética... e onde está a ética na classe e nos seus orgãos dirigentes?
Haja paciência para tanta balela...

Jovem Rafeiro disse...

É verdade...e ainda por cima, chamam-nos patetas a todos; com uma grande lata falam de um "compromisso ético" quando grande parte da "forte equipa com provas dadas nos vários âmbitos do exercício profissional" são, na verdade, as stars que controlam o mercado profissional da arquitectura, favorecendo-se uns aos outros. Compromisso ético? Só se for deles para com eles.

Anónimo disse...

outro anónimo:
qualquer bom rafeiro sabe que morder com os dentes é bom, sobretudo se a carne for boa (porque fraca já se sabe que é).
mas se realmente é rafeiro, sabe que só vale a pena morder se o bife merece. até porque em geral, bife que é bife gosta de ser mordido.
e perante bifes desses, mordidelas são como doces passeios da língua na carne de veludo.
feliz a carne, feliz a língua.
mas isso, não é rafeirice... já dizia a minha avó (que gostava de língua e que cozinhava uma de vaca que era celestial) «quem desdenha quer comprar». e eu acrescento, se não for desta sopa, é de outra!

Jovem Rafeiro disse...

Vai aí uma guerra nessa cabecinha...